Postado por Parque do Cristo em 13/nov/2023 -
Primavera (Nengetus cinereus)
A Primavera é uma ave passeriforme da família Tyrannidae. Em Minas Gerais, é também conhecida como maria-branca-grande.
Tem cerca de 22,5 centímetros. É cinzenta e branca, possui olhos avermelhados quando adulta. Nos filhotes, os olhos são castanhos.
Quando voa, revela um desenho branco e preto muito destacado na asa.
A alimentação preferida consiste de insetos e anfíbios. Na ação de caça, costuma pousar em pontos altos e expostos (postes, mourões de cerca, antenas etc.), de onde se lança em voos rápidos e curtos para caçar insetos em pleno voo ou no chão, voltando quase sempre ao mesmo ponto.
A estação de reprodução é a primavera. Normalmente o ninho é alto, com aproximadamente quatro dedos de altura. Usa com frequência as palmeiras para nidificar.
É encontrada em várias regiões do território brasileiro.
A Primavera é vista no Parque do Cristo. Você já conhecia esse pássaro?
Postado por Parque do Cristo em 06/nov/2023 -
Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)
A coruja-buraqueira (Athene cunicularia) recebe esse nome por apresentar o hábito de cavar buracos no solo. Costuma viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos.
É uma ave de pequeno porte e, ao contrário da maioria das corujas, o macho é ligeiramente maior que a fêmea. Apresenta coloração cor de terra. Seu voo é suave e silencioso.
É uma coruja terrícola, tem hábitos diurnos e noturnos, sendo bem ativa, principalmente durante o crepúsculo, quando faz uso da ótima audição. Muitas vezes, localiza suas presas apenas por meio desse sentido.
Tem o campo visual limitado, mas essa deficiência é superada pela capacidade de girar a cabeça até 270 graus, o que a ajuda na focalização.
Os olhos da coruja-buraqueira são notavelmente grandes, o que aprimora a sua eficiência em ambientes de baixa luminosidade, permitindo que captem e processem a luz disponível de maneira mais eficaz.
É uma predadora de pequeno porte com hábito carnívoro-insetívoro. É considerada generalista, por consumir as presas mais abundantes de acordo com a estação, tendo preferência por roedores.
Com a chegada da primavera, o macho da coruja-buraqueira seleciona ou escava um buraco, geralmente em áreas com capim baixo que permitem caçar insetos e pequenos roedores no solo. O casal se reveza, alargando o buraco. Usando os pés e o bico, vão cavando uma galeria horizontal, que pode chegar até 2 metros de profundidade. Por fim, forram a cavidade do ninho com capim seco.
Os ninhos também são feitos em cupinzeiros, buracos de tatu e buracos na areia. Enquanto a fêmea bota os ovos, o macho providencia a alimentação e a proteção para os futuros filhotes. Podem defender o ninho, voando em direção a um predador potencial, inclusive pessoas.
Você já conhecia a coruja-buraqueira?
Postado por Parque do Cristo em 30/out/2023 -
Tesourinha (Tyrannus savana)
Tesourinha (Tyrannus savana), conhecida por diversos nomes como tesoura, tesoureira, tesoureiro e tesourinha-do-campo, recebeu seus nomes comuns devido ao formato de sua cauda. Apesar de não possuir cores vibrantes, sua graciosa leveza de voo e a notável distribuição de cores a tornam uma espécie bastante cativante.
Esta ave é migrante e se torna inconfundível quando se desloca em grupos, que podem chegar a centenas de indivíduos, principalmente durante os meses de setembro e outubro. Durante o período de migração, a tesourinha adota hábitos alimentares que incluem um alto consumo de frutos.
Ela demonstra preferência pelos frutos e sementes da aroeira-do-campo (Schinus lentiscifolius).
O período de reprodução da tesourinha ocorre entre setembro e dezembro. Durante essa fase, o casal constrói um ninho ralo em formato de tigela, feito de gravetos dispostos de maneira um tanto desordenada. Devido a essa construção, é comum que os ovos e filhotes sejam derrubados pelo vento, mas os pais se revezam na tarefa de criar e proteger a prole.
Essas aves são frequentemente encontradas em áreas abertas, como cerrados, pastagens, e áreas agrícolas, onde costumam pousar em mourões de cerca, postes, fios e árvores isoladas. No entanto, também podem ser avistadas em matas e, ocasionalmente, até mesmo em áreas urbanas.
Com a chegada da primavera, as Tesourinhas retornam às suas regiões de origem para reproduzir, cuidar dos filhotes e começar todo o ciclo novamente no ano seguinte. Como resultado, essas aves são muito abundantes nas regiões em que habitam, mas somente em determinadas épocas do ano. Em outras épocas, elas desaparecem completamente.
Você já conhecia a Tesourinha? Sabe mais alguma curiosidade sobre ela? Conta para gente.
Postado por Parque do Cristo em 23/out/2023 -
A Corruíra
A corruíra (Troglodytes musculus) é um passarinho comumente avistado em ambientes alterados pelo ser humano.
Com frequência, a corruíra é encontrada praticamente em todos os tipos de habitats abertos e semiabertos, além de fazer morada nos arredores de residências e jardins, inclusive no centro de áreas urbanas.
Essa ave também é avistada em ilhas costeiras, cerrados, regiões de caatinga, bordas de matas e às margens de banhados. É encontrada em todo o território brasileiro.
A corruíra possui dimensões que variam de 10 a 13 centímetros de comprimento, com um peso médio de cerca de 10 a 12 gramas.
É conhecida por seu canto melodioso e alegre, frequentemente ouvido nas primeiras horas da manhã. A corruíra é parente do uirapuru, ave famosa no Brasil, considerada como tendo um dos cantos mais belos entre os pássaros do nosso país.
Se alimenta de pequenos insetos, como besouros, cigarrinhas, formigas, lagartas e vespinhas, além de ocasionalmente consumir filhotes de lagartixa. Para capturar suas presas, ela utiliza seu bico para explorar frestas e cavidades, seja em estruturas construídas por humanos ou sob a casca de plantas.
São conhecidos por construir seus ninhos em locais altamente improváveis. A lista de registros de ninhos erguidos em circunstâncias pouco comuns é extensa, incluindo lugares como telefones públicos, tratores, caixas de música e instalações elétricas, entre outros. Esta é uma das aves que mais se beneficia dos ninhos artificiais fornecidos pelos seres humanos, particularmente aqueles com aberturas de entrada pequenas.
Os ovos, que geralmente são de 3 a 6 unidades, apresentam uma coloração vermelho-claro, salpicados com tons de vermelho-escuro e manchas de cinza-claro. A eclosão ocorre aproximadamente após duas semanas, e os filhotes permanecem no ninho por quase o dobro desse período antes de se aventurarem para fora. Durante esse tempo, os pais compartilham o cuidado com os filhotes.
A corruíra tem a capacidade de destruir ovos de outras espécies de aves sem necessariamente se alimentar deles. Esse comportamento pode estar associado à eliminação de potenciais competidores de outras espécies.
Você conhecia a Corruíra?
Postado por Parque do Cristo em 10/out/2023 -
A CIGARRA
A cigarra é um inseto notável por sua capacidade de produzir um som distinto. O som emitido pelas cigarras apresenta variações entre diferentes espécies e desempenha diversas funções, incluindo a atração de parceiros para o processo de reprodução.
Existem mais de 1.500 espécies conhecidas deste inseto que exibe uma incrível diversidade em termos de tamanho, cor e padrões de canto.
As ninfas de cigarras passam a maior parte da vida debaixo da terra, se alimentando da seiva das raízes das plantas.
Quando atingem a maturidade, emergem do solo para completar o ciclo de vida. Fixam-se nos troncos das árvores, onde posteriormente abandonam seu exoesqueleto, – a camada que reveste seus corpos, – para entrar na fase adulta, quando já estão prontas para o acasalamento.
As cigarras são insetos incrivelmente interessantes. Conheça algumas curiosidades sobre elas:
🔹️Com as chuvas e o aumento da temperatura – tipicamente entre a primavera e o verão – as cigarras se tornam ativas e seus sons audíveis.
🔹️As cigarras, tanto jovens quanto adultas, se alimentam quase que exclusivamente da seiva do xilema das árvores. Excretam, na forma de um jato, o excesso deste líquido absorvido durante a alimentação.
🔹️É do abdome que sai o som do canto da cigarra, responsável por atrair a fêmea. Além disso, também canta quando é atacada ou capturada por predadores naturais, principalmente aves.
🔹️O som produzido por algumas espécies pode alcançar níveis de até 120 decibéis. Compatível ao barulho da turbina de um avião.
🔹️As ninfas vivem na terra por 1 a 17 anos (depende da espécie) se alimentando da seiva de raízes.
🔹Quando atingem a fase adulta, vivem por semanas, até que cumpram com o seu papel reprodutivo, e morrem logo após a deposição dos ovos.
🔹️As cigarras não cantam até explodir.
🔹️A espécie registrada no Parque (Quesada gigas) é conhecida como cigarra-gigante ou cigarra-do-cafeeiro. Comumente encontrada em cafeeiros, na fase de ninfa móvel, esta cigarra pode se tornar uma praga na cultura do café.
Depois conta pra gente se conhece mais alguma curiosidade sobre as cigarras!
Postado por Parque do Cristo em 02/out/2023 -
O pica-pau-do-campo (Colaptes campestris)
O pica-pau-do-campo (Colaptes campestris) é um grande pica-pau sul-americano, campestre e terrícola. Com um comprimento de 32 centímetros, esta espécie se destaca por sua coloração. Tem os lados da cabeça e do pescoço amarelos, assim como o peito. O macho desta espécie apresenta duas faixas avermelhadas em ambos os lados da cabeça.
Sua voz é variada e robusta, e desempenha um papel importante na marcação territorial e na comunicação entre machos e fêmeas.
Alimenta-se de insetos, principalmente formigas e cupins. Dessa forma, no Parque, é um importante colaborador na restauração florestal! 😊 Contribui naturalmente no trabalho de controle das formigas.
A secreção de sua glândula mandibular age como uma espécie de cola, permitindo que sua língua funcione para fisgar e capturar os insetos. Em algumas ocasiões, também pode recorrer à alimentação de pequenos frutos, especialmente quando estes estão abundantemente disponíveis durante o período de frutificação.
Semelhante aos outros pica-paus, esta espécie utiliza cavidades em árvores, cunpinzeiros e buracos nas encostas como locais de nidificação. Põe de 4 a 5 ovos, e macho e fêmea fazem a incubação.
É uma espécie muito presente na natureza. Habita preferencialmente áreas abertas, inclusive plantios, pastagens e margens de rodovias. Vive em casais e, às vezes, em pequenos grupos. Terrícola, costuma capturar insetos no solo, mas ao se sentir ameaçado procura árvores ou grandes pedras para se proteger.
Você já conhecia o pica-pau-do-campo?
Aproveita e conta pra nós o que está achando sobre a Série Fauna do Parque.
Postado por Parque do Cristo em 25/set/2023 -
A coruja-orelhuda (Asio clamator)
No mês de agosto, encontramos, no Parque, um filhote de coruja-orelhuda (Asio clamator).
Ao pesquisarmos sobre a espécie, constatamos que o período de reprodução se dá na estação seca que, em nossa região, se estende de maio a agosto.
Descobrimos também que seu ninho é edificado próximo ao solo, forrado com poucas gramíneas secas e oculto no meio do capim, entre ramos e troncos secos, ou em cavidades de árvores.
A fêmea põe de 2 a 4 ovos. Frequentemente, apenas um filhote é criado e a mãe não sai do ninho durante a incubação, sendo alimentada pelo macho. Os filhotes dessa espécie são capazes de voar entre o 37º e o 46º dia de vida. Aos 130-140 dias de vida, os jovens são expulsos do território pelos pais.
A Coruja-orelhuda é considerada uma espécie generalista, ou seja, encontrada em uma variedade de habitats, incluindo matas, áreas abertas e regiões em estágio inicial de crescimento secundário, em todo o território brasileiro.
Após alguns dias de observação e registro do filhote, não o vimos mais. Como notamos a presença de muitas penas do animal no chão, desconfiamos que ele pode ter sido predado por um cachorro doméstico.
Os Parques Naturais Municipais desempenham um papel importante como refúgio para espécies silvestres endêmicas, raras, ameaçadas e sensíveis a perturbações e, por isso, por lei, é proibida a entrada de animais domésticos nesses espaços.
Lembramos ainda que é importante manter distância segura ao deparar-se com um animal silvestre, filhote ou ninho nas Unidades de Conservação. É preciso ter consciência de que ali é o habitat deles. Nós, seres humanos, é que somos os visitantes!
Seguimos juntos cuidando do Parque!
Postado por Parque do Cristo em 22/set/2023 -
O Dia Nacional de Defesa da Fauna celebrado, desde 1980, no dia 22 de setembro, tem como propósito sensibilizar as pessoas sobre a preservação da fauna brasileira.
O Brasil é conhecido por abrigar a maior biodiversidade de animais do mundo, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados. Muitas dessas espécies são exclusivas do país, ou seja, são endêmicas, o que significa que não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
A proteção da fauna em nosso país está ligada à preservação de seus habitats naturais, demandando ações efetivas de regeneração e contra o desmatamento, incêndios florestais e a contaminação do ar, solo e água. Além disso, é essencial combater a caça ilegal e o tráfico de animais silvestres, enquanto apoiamos iniciativas de conservação e políticas destinadas a proteger espécies ameaçadas.
A fauna cumpre um papel fundamental na manutenção e na regeneração das florestas, através da disseminação de sementes, da polinização, do controle de populações ou da reciclagem de nutrientes.
Cada animal desempenha uma função na natureza, sendo imprescindíveis na saúde e na sustentabilidade dos ecossistemas florestais. Portanto, a preservação da fauna é crucial para a preservação das florestas e, por sua vez, para a manutenção do equilíbrio ecológico em nosso planeta.
O Parque Natural Municipal do Cristo Redentor contribui na conservação da biodiversidade, ajudando a recriar ambientes adequados para a fauna e a flora nativas. Portanto, investir em ações efetivas de restauração ecológica é um passo importante na conservação da fauna e na manutenção dos ecossistemas naturais.
Para que você possa conhecer um pouco mais sobre os animais que vivem no Parque do Cristo, preparamos a série Fauna do Parque. Em breve, nas nossas redes!
Siga acompanhando com a gente. E vamos junto pelo Parque do Cristo!