Série Fauna do Parque

A coruja-orelhuda (Asio clamator)


No mês de agosto, encontramos, no Parque, um filhote de coruja-orelhuda (Asio clamator).

Ao pesquisarmos sobre a espécie, constatamos que o período de reprodução se dá na estação seca que, em nossa região, se estende de maio a agosto.

Descobrimos também que seu ninho é edificado próximo ao solo, forrado com poucas gramíneas secas e oculto no meio do capim, entre ramos e troncos secos, ou em cavidades de árvores.

A fêmea põe de 2 a 4 ovos. Frequentemente, apenas um filhote é criado e a mãe não sai do ninho durante a incubação, sendo alimentada pelo macho. Os filhotes dessa espécie são capazes de voar entre o 37º e o 46º dia de vida. Aos 130-140 dias de vida, os jovens são expulsos do território pelos pais.

A Coruja-orelhuda é considerada uma espécie generalista, ou seja, encontrada em uma variedade de habitats, incluindo matas, áreas abertas e regiões em estágio inicial de crescimento secundário, em todo o território brasileiro.

Após alguns dias de observação e registro do filhote, não o vimos mais. Como notamos a presença de muitas penas do animal no chão, desconfiamos que ele pode ter sido predado por um cachorro doméstico.

Os Parques Naturais Municipais desempenham um papel importante como refúgio para espécies silvestres endêmicas, raras, ameaçadas e sensíveis a perturbações e, por isso, por lei, é proibida a entrada de animais domésticos nesses espaços.

Lembramos ainda que é importante manter distância segura ao deparar-se com um animal silvestre, filhote ou ninho nas Unidades de Conservação. É preciso ter consciência de que ali é o habitat deles. Nós, seres humanos, é que somos os visitantes!

Seguimos juntos cuidando do Parque!

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