No dia 12 de julho de 2025, o Parque do Cristo recebeu participantes do evento “Troca de Saberes”, realizado na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Com foco em soluções acessíveis e sustentáveis para a Agroecologia, a visita teve como objetivo apresentar e discutir as tecnologias sociais implementadas no Parque para a restauração de áreas degradadas, demonstrando sua eficácia na recuperação da vegetação e na conservação do solo e da água.
Os participantes, incluindo técnicos, estudantes e agricultores, foram recebidos pelo Engenheiro Florestal Davi Senna, responsável pelo Programa de Recuperação Ambiental (PRA), e por Naíla Fernandes, da equipe de comunicação do Parque.
A visita começou com uma calorosa recepção, uma breve apresentação sobre o histórico do Parque como Unidade de Conservação e sua gestão. Para contextualizar a importância do trabalho local, foram exibidos banners didáticos sobre as bacias hidrográficas dos ribeirões São Bartolomeu e Turvo Sujo, mananciais essenciais para o abastecimento de Viçosa que se encontram em processo acelerado de degradação.
Em seguida, o grupo foi conduzido à sede do Parque para conhecer os materiais e equipamentos utilizados nas atividades de restauração. A partir daí, a visita seguiu pelas trilhas pedagógicas, onde as tecnologias sociais foram apresentadas em campo. Foram detalhadas as técnicas mecânicas de baixo custo, como a construção de caixas de contenção, terraços em curva de nível e paliçadas, fundamentais para o controle da erosão e a gestão hídrica.
Davi Senna, em um momento de demonstração prática, mostrou o interior de uma das caixas de contenção, explicando como o equipamento interno monitora a quantidade de sedimento recolhido, um indicador da eficácia das ações de controle do escoamento superficial.
Também foram discutidas as estratégias para a restauração da vegetação nativa, que incluem o plantio de sementes de leguminosas de rápido crescimento, o uso de mudas nativas e a aplicação de “muvuca” de sementes – uma tecnologia social que acelera a formação de cobertura vegetal. É importante ressaltar que todo o manejo é feito de forma agroecológica, sem o uso de agrotóxicos para o controle de gramíneas exóticas. Como complemento, foi abordada a utilização de soluções homeopáticas para o manejo fitossanitário.
A participação ativa dos visitantes evidenciou o entendimento e a preocupação em restaurar áreas degradadas. O encontro reforçou o papel do Parque do Cristo como um local de referência crucial para disseminar as ações agroecológicas de restauração, já que o conhecimento sobre essas tecnologias pode ser implementado em outras propriedades rurais e na atuação profissional dos visitantes.
Foto: Naíla Fernandes/ISAVIÇOSA
Texto: Davi Senna/ISAVIÇOSA























